domingo, 15 de novembro de 2009

O LSD em um elefante Macho Asiático - Tusko


Em 1962, o diretor do zoológico Lincoln Park, de Oklahoma, nos Estados Unidos, injetou uma dose maciça de LSD no elefante Tusko, em nome da ciência.

Conhecendo-se a dose (0,257mg) que provoca certa irritabilidade num gato e pretendendo produzir efeito semelhante num elefante, a dose a ser administrada foi calculada, levando-se em conta somente a relação entre as massas do gato (2,6kg) e do elefante (~3000kg). A dose calculada foi de 297mg e correspondente a cerca de 1500 "viagens" num ser humano.

Tusko se virou, soltou um berro e morreu em menos de uma hora. A dose era três mil vezes maior do que a usada para fins recreativos.

Os cientistas justificaram a experiência, dizendo, na época, que queriam ver se a droga detonaria uma condição que afeta machos da espécie conhecida como "musth", na qual eles se tornam agressivos e soltam uma substância grudenta de odor desagradável de suas glândulas. A experiência concluiu que os elefantes são muito sensíveis ao LSD.

O experimento faz parte de uma lista com as dez experiências mais bizarras já realizadas em nome da ciência, publicada na edição desta quinta-feira da revista "News Scientist".

O autor, Alex Boese, conta que começou a compilar a lista quando estava na faculdade, estudando história da Ciência.

"Eu confesso que não tinha nenhum motivo intelectual profundo, simplesmente achava as experiências fascinantes", escreve Boese. "Elas me encheram de incredulidade, surpresa, nojo e, o melhor de tudo, gargalhadas."


Esse é um problema de escala, mas o que levar em conta? Se a dose a administrar ao elefante fosse calculada em função da taxa metabólica dos animais, em vez da massa, ela seria de 80mg. Por outro lado, se o cálculo fosse feito considerando-se a massa do ser humano, que é muito mais sensível ao LSD do que o gato, a dose seria de 8mg. Baseando-se na taxa metabólica humana, a dose diminuiria para 3mg. Lembrando-se a tendência que o LSD tem de se concentrar no cérebro, e sendo a massa do cérebro humano e a do elefante cerca de 1400g e 3000g, respectivamente, chega-se a uma dose de 0,4mg.

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