domingo, 15 de novembro de 2009

O LSD em um elefante Macho Asiático - Tusko


Em 1962, o diretor do zoológico Lincoln Park, de Oklahoma, nos Estados Unidos, injetou uma dose maciça de LSD no elefante Tusko, em nome da ciência.

Conhecendo-se a dose (0,257mg) que provoca certa irritabilidade num gato e pretendendo produzir efeito semelhante num elefante, a dose a ser administrada foi calculada, levando-se em conta somente a relação entre as massas do gato (2,6kg) e do elefante (~3000kg). A dose calculada foi de 297mg e correspondente a cerca de 1500 "viagens" num ser humano.

Tusko se virou, soltou um berro e morreu em menos de uma hora. A dose era três mil vezes maior do que a usada para fins recreativos.

Os cientistas justificaram a experiência, dizendo, na época, que queriam ver se a droga detonaria uma condição que afeta machos da espécie conhecida como "musth", na qual eles se tornam agressivos e soltam uma substância grudenta de odor desagradável de suas glândulas. A experiência concluiu que os elefantes são muito sensíveis ao LSD.

O experimento faz parte de uma lista com as dez experiências mais bizarras já realizadas em nome da ciência, publicada na edição desta quinta-feira da revista "News Scientist".

O autor, Alex Boese, conta que começou a compilar a lista quando estava na faculdade, estudando história da Ciência.

"Eu confesso que não tinha nenhum motivo intelectual profundo, simplesmente achava as experiências fascinantes", escreve Boese. "Elas me encheram de incredulidade, surpresa, nojo e, o melhor de tudo, gargalhadas."


Esse é um problema de escala, mas o que levar em conta? Se a dose a administrar ao elefante fosse calculada em função da taxa metabólica dos animais, em vez da massa, ela seria de 80mg. Por outro lado, se o cálculo fosse feito considerando-se a massa do ser humano, que é muito mais sensível ao LSD do que o gato, a dose seria de 8mg. Baseando-se na taxa metabólica humana, a dose diminuiria para 3mg. Lembrando-se a tendência que o LSD tem de se concentrar no cérebro, e sendo a massa do cérebro humano e a do elefante cerca de 1400g e 3000g, respectivamente, chega-se a uma dose de 0,4mg.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A hibernação...


A Hibernação é um estado letárgico pelo quais muitos animais de sangue quente passam durante o inverno, principalmente em regiões temperadas e árticas. Os animais mergulham num estado de sonolência e inatividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao absolutamente necessário à sobrevivência.

A respiração quase cessa, o número de batimentos cardíacos diminui, o metabolismo, ou seja, todo o conjunto de processos bioquímicos que ocorrem no organismo, restringe-se ao mínimo. Pode-se dizer que qualquer mamífero que permanece inativo durante muitas semanas, com temperatura corporal inferior à normal está em hibernação, embora as mudanças fisiológicas que acontecem durante o letargo sejam muito diferentes, de acordo com as diferentes espécies.

Normalmente este fenômeno ocorre em regiões onde existe um inverno rigoroso e escassez de comida mas, existe algumas espécies que dormem na estação quente e seca, porque para elas as maiores ameaças são a alta temperatura e a falta de água. Este caso é conhecido como estivação, muitos caracóis passam por este estado durante as estações quentes e secas, durante as quais há pouco alimento e a umidade é escassa.
Este processo de hibernação desenvolve-se de formas diferentes e em várias etapas. Existem animais, como a marmota, que comem muitíssimo, acumulando reservas; outros, como os esquilos, armazenam alimentos na toca.

Durante a hibernação, os primeiros consomem a gordura armazenada; os outros acordam por curtos espaços de tempo para comer e evacuar. Durante o letargo profundo, a temperatura corpórea é apenas 1º ou 2º C superior à ambiental; o número de batimentos cardíacos varia de 3 a 15 minutos (na marmota é de 3-4 por minuto comparativamente aos 90-130 batimentos normais); os movimentos respiratórios são de 2a 5 por minuto, menos de um décimo do número normal; o consumo de oxigênio reduz-se à vigésima parte do norma e o metabolismo, à trigésima.

domingo, 1 de novembro de 2009

As orelhas do elefante



As grandes orelhas do elefante são também importantes para a regulação da temperatura. As orelhas de um elefante são feitas de material muito fino esticado sobre cartilagem e uma vasta rede de vasos sanguíneos. Nos dias quentes, os elefantes agitam constantementen as orelhas, criando uma brisa suave. Esta brisa arrefece a os vasos sanguineos à superficie, e o sangue mais fresco circula então pelo resto do corpo do animal. O sangue que entra ,as orelhas do animal pode ser arrefecido até cerca de 6 graus Celsius antes de retornar ao resto do corpo. As diferenças entre as orelhas dos elefantes africanos e asiáticos pode ser explicada, em parte, pela sua distribuição geográfica. Os elefantes africanos estão mais próximos do equador, onde o clima é mais quente. Por isso, têm orelhas maiores. Os asiáticos vivem mais para norte, em climas mais frescos, e portanto, têm orelhas menores.
As orelhas também são usadas para intimidação e pelos machos durante a corte. Se um elefante quer intimidar um rival ou predador, estende as orelhas para parecer maior e mais imponente. Durante a época da procriação, os machos emitem um odor de uma glândula situada entre os olhos. Joyce Poole, um conhecido investigador sobre os elefantes, propôs a teoria que os machos abanam as orelhas para espalhar este "perfume elefantino" até grandes distâncias.

domingo, 25 de outubro de 2009

Potencial de ação de uma célula nervosa


Todas as nossas sensações, sentimentos, pensamentos, respostas motoras e emocionais, a aprendizagem e a memória, a ação das drogas psico-ativas, as causas das doenças mentais, e qualquer outra função ou disfunção do cérebro humano não poderiam ser compreendidas sem o conhecimento do fascinante processo de comunicação entre as células nervosas (neurônios). Os neurônios precisam continuamente coletar informações sobre o estado interno do organismo e de seu ambiente externo, avaliar essas informações e coordenar atividades apropriadas à situação e às necessidades atuais da pessoa.
Como os neurônios processam essas informações?
Isso ocorre essencialmente graças aos impulsos nervosos. Um impulso nervoso é a transmissão de um sinal codificado de um estímulo dado ao longo da membrana do neurônio, a partir de seu ponto de aplicação. Os impulsos nervosos podem passar de uma célula a outra, criando assim uma cadeia de informação dentro de uma rede de neurônios.
Dois tipos de fenômenos esão envolvidos no processamento do impulso nervoso: os elétricos e os químicos. Os eventos elétricos propagam o sinal dentro de um neurônio, e os eventos químicos transmitem o sinal de neurônio a outro ou para uma célula muscular. O processo químico de interação entre os neurônios e entre os neurônios e células efetoras acontecem na terminação do neurônio, em uma estrutura chamada sinapse. Aproximando-se do dendrito de outra célula (mas sem continuidade material entre ambas as células), o axônio libera substâncias químicas chamadas neurotransmissores, que ligam-se aos receptores químicos do neurônio seguinte e promove mudanças excitatórias ou inibitórias em sua membrana.



Portanto, os neurotransmissores possibilitam que os impulsos nervosos de uma célula influencie os impulsos nervosos de outro, permitindo assim que as células do cérebro "conversem entre si", por assim dizer. O corpo humano desenvolveu um grande número desses mensageiros químicos para facilitar a comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do cérebro. Quando tudo funciona adequadamente, as comunicações internas acontecem sem que sequer tomemos consciência delas.



Uma compreensão da transmissão sináptica é a chave para a o entendimento das operações básicas do sistema nervoso a nível celular. O sistema nervoso controla e coordena as funções corporais e permite que o corpo responda, e aja sobre o meio ambiente. A transmissão sináptica é o processo chave na ação interativa do sistema nervoso.
Dado que os neurônios formam uma rede de atividades elétricas, eles de algum modo têm que estar interconectados. Quando um sinal nervoso, ou impulso, alcança o fim de seu axônio, ele viajou como um potencial de ação ou pulso de eletricidade. Entretanto, não há continuidade celular entre um neurônio e o seguinte; existe um espaço chamado sinapse. As membranas das células emissoras e receptoras estão separadas entre si pelo espaço sináptico, preenchido por um fluido. O sinal não pode ultrapassar eletricamente esse espaço. Assim, substâncias químicas especias, chamadas neurotransmissores, desempenham esse papel. Elas são liberadas pela membrana emissora pré-sináptica e se dinfundem através do espaço para os receptores da membrana do neurônio receptor pós-sináptico. A ligação dos neurotransmissores para esses receptores tem como efeito permitir que íons (partículas carregadas) fluam para dentro e para fora da célula receptora, conforme visto no artigo sobre condução nervosa.
A direção normal do fluxo de informação é do axônio terminal para o neurônio alvo, assim o axônio terminal é chamado de pré-sináptico (conduz a informação para a sinapse) e o neurônio alvo é chamado de pós-sináptico (conduz a informação a partir da sinapse).
A maioria das sinapses dos mamíferos são sinapses químicas, mas existe uma forma simples de sinapse elétrica que permite a transferência direta da corrente iônica de uma célula para a célula seguinte. As sinapses elétricas ocorrem em locais especializados chamados junções. Elas formam canais que permitem que os ions passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma da outra. A transmissão nas sinapses elétricas é muito rápida; assim, um potencial de ação no neurônio pré-sináptico, pode produzir quase que instantaneamente um potencial de ação no neurônio pós-sináptico. Sinapses elétricas no sistema nervoso central de mamíferos, são encontradas principalmente em locais especiais onde funções normais exigem que a atividade dos neurônios vizinhos seja altamente sincronizada. Embora as junções sejam relativamente raras entre os neurônios de mamíferos adultos, eles são muito comuns em uma grande variedade de células não neurais, inclusive as células do músculo liso cardíaco, células epiteliais, algumas células glandulares, glia, etc. Elas também são comuns em vários invertebrados.
Nesse tipo de sinapse, o sinal de entrada é transmitido quando um neurônio libera um neurotransmissor na fenda sináptica, o qual é detectado pelo segundo neurônio através da ativação de receptores situados do lado oposto ao sítio de liberação. Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios e utilizadas por eles para transmitir sinais para outros neurônios ou para células não-neuronais (por exemplo, células do músculo esquelético, miocárdio, células da glândula pineal) que eles inervam.
A ligação química do neurotransmissor aos receptores causa uma série de mudanças fisiológicas no segundo neurônio que constituem o sinal. Normalmente a liberação do primeiro neurônio (chamado pré-sináptico) é causado por uma série de eventos intracelulares evocados por uma despolarização de sua membrana, e quase que invariavelmente quando um potencial de ação é gerado.

sábado, 17 de outubro de 2009

ATRAVÉS DOS OLHOS DE SEU CÃO








Os donos que desejam entender melhor seus cães devem reconhecer que os cães vêem o mundo de uma perspectiva visual diferente. As diferenças começam com a estrutura do olho. "Nós temos uma boa idéias de como os cães enxergam porque nós conhecemos a estrutura da retina do olho do cão", diz o Dr. Ralph Hamor, um veterinário e especialista em oftalmologia na University of Illinois College of Veterinary Medicine Teaching Hospital.
A retina, que cobre o fundo da parte interior do globo ocular, contém cones e bastonetes - dois tipos de células sensíveis à luz. Os cones proporcionam a percepção da luz e visão detalhada, enquanto os bastonetes detectam os movimentos e a visão na penumbra. Os cães, que têm retinas com predominância de bastonetes, enxergam melhor no escuro que os humanos e têm uma visão orientada para o movimento. Porém, como eles têm somente um décimo da concentração de cones dos humanos, os cães não enxergam as cores como nós.
"Eu geralmente demonstro que os cães enxergam como humanos cegos para as cores", diz o Dr. Hamor. Muitas pessoas pensam que uma pessoa que é cega para o vermelho e o verde não pode enxergar nenhuma cor, mas existem variações no grau de cegueira às cores. A maioria das pessoas têm uma visão que é tricromática (três variações de cores). As pessoas cegas para o vermelho/verde são dicromáticas (duas variações de cores).
Os cães podem reconhecer duas cores - azul/violeta e amarelo - e eles podem diferenciar diversos tons de cinza. Os cães são incapazes de fazer distinção entre o verde, amarelo, laranja e vermelho. Eles também têm dificuldade em diferenciar os verdes dos cinzas.
Os cães usam outras pistas (como o cheiro, textura, brilho e posição) ao invés de contar com as cores. A visão de um cão, por exemplo, não pode distinguir se uma luz parada é verde ou vermelha; eles enxergar o brilho e a posição da luz. Isto e o fluxo e ruído do tráfego dirão ao cão que é o momento certo de atravessar a rua.
A posição dos olhos do cão determinam o tamanho do campo de visão e a percepção de profundidade. Espécies que são presas tendem a ter os olhos posicionados nos lados de sua cabeça, assim, o aumento do campo de visão permite a eles enxergar a aproximação de predadores. Espécies predadoras, como humanos e cães, têm os olhos posicionados perto um do outro. "Os olhos humanos são posicionados em linha reta, enquanto os olhos dos cães, dependendo da raça, são geralmente posicionados em um ângulo de 20 graus. Este ângulo aumenta o campo de visão e a visão periférica do cão. "
Porém, este aumento da visão periférica compromete o nível de visão binocular. Onde o campo de visão de cada olho se sobrepõem, nós temos a visão binocular, que dá a percepção de profundidade. A distância entre os olhos dos cães diminui a sobreposição e reduz a visão binocular.
A percepção de profundidade dos cães é melhor quando eles olham à frente, mas é bloqueada pelo focinho em certos ângulos. "Os predadores precisam da visão binocular como uma ferramenta de sobrevivência", diz o Dr. Hamor. A visão binocular auxilia a saltar, cobrir, capturar, e muitas outras atividades fundamentais aos predadores.
Além de ter menor visão binocular que os humanos, os cães também têm menor acuidade visual. Dizemos que humanos com visão perfeita têm uma visão 20/20 - nós podemos distinguir letras e objetos a uma distância de 20 pés. Os cães têm, tipicamente, uma visão 20/75 - eles podem estar a 20 pés de um objeto para vê-lo da mesma forma que um humano veria se estivesse a 75 pés. Certas raças têm melhor acuidade. Labradores, comumente usados como cães de vigia, enxergam melhor e podem ter uma visão de quase 20/20.
Não espere que seu cão reconheça você em um campo somente pela visão. Ele reconhecerá você melhor quando você estiver fazendo algum tipo de movimento particular a você ou pelo cheiro ou pelo ouvido. Devido ao número de bastonetes existentes na sua retina, os cães enxergam objetos em movimento muito melhor que objetos parados. A sensibilidade para o movimento tem sido observada como um aspecto crítico para a visão canina. "Muito do comportamento do cão relaciona-se com a postura e honestidade. Pequenas mudanças no seu corpo significam muito para seu cão", adiciona do Dr. Hamor. Os donos de cães precisam modificar o treinamento baseados neste fato. Se você deseja que seu cão faça uma ação baseada em um dica silenciosa, o Dr. Hamor sugere o uso de um movimento amplo para sinalizar seu cão.
Quando os cães ficam cegos, os donos freqüentemente desejam saber se a qualidade de vida do cão diminuirá a ponto dele não poder mais ser feliz. "Nós sabemos que os humanos lidam bem com a cegueira, e os humanos são muito mais dependentes de seus olhos que os cães", diz o Dr. Hamor. "Cães cegos têm uma vida feliz se eles estiverem confortáveis". O dono pode precisar fazer alguns ajustes no ambiente do animal, como cercar o quintal, caminhar com guia, e não deixar objetos não usuais nas passagens normais. "Quando cães cegos estão em seu ambiente normal, muitas pessoas não sabem que eles são cegos". Quando clientes visitam o Dr. Hamor perguntado sobre a qualidade de vida do seu cão recentemente cego, o Dr. Hamor sugere que eles esperem um mês para ver se eles e seus cães estão felizes. Na maioria dos casos, os donos nunca voltam.
www.agiliteiros.com/treinamento/olhos.htm

domingo, 11 de outubro de 2009

Adaptações nos mamíferos relacionados a variação de temperatura



Nas adaptações ao frio, as arteríolas da pele se contraem (vasoconstrição superficial), diminuindo a chegada de sangue na superfície, e quanto menos sangue chega à pele, menos calor é dissipado (a vasoconstrição superficial permite a retenção de calor).
Além disso, o sistema nervoso simpático determina a contração do músculo eretor dos pêlos, nos mamíferos, estruturas que atuam como isolantes térmicos. O eriçamento (ou "arrepio") aumenta a eficiência do isolamento, criando ao redor do corpo um "bolsão de ar" entre os pêlos. Quanto mais pêlos o animal tiver, mais eficaz será esse sistema de proteção.





Ambientes frios também estimulam a geração de calor. Há uma nítida elevação do tônus muscular, os músculos ficam mais tensos e chegam mesmo a tremer. Os tremores são uma forma importante de aumentar a geração de calor e aquecer o corpo.
O aumento na geração de calor ainda pode ser obtido pela elevação na taxa metabólica. No frio, a hipófise aumenta a secreção de TSH e a de ACTH, que estimulam a produção de tiroxina e de cortisol pela tireóide e pela adrenal, respectivamente. A tiroxina eleva a taxa metabólica e o cortisol aumenta a oferta de ácidos graxos e de carboidratos, elevando a capacidade de geração de calor. A adrenalina também é liberada em maior quantidade, no frio intenso, com efeitos semelhantes aos desses dois outros hormônios.
Em termos das adaptações ao calor, ocorre vasodilatação das arteríolas da pele, aumentando a quantidade de sangue que a ela chega, e a quantidade de calor que pode ser por ela dissipada. Nesses ambientes, as glândulas sudoríparas passam a secretar mais suor, que é lançado na superfície da pele. A evaporação da água do suor requer energia, retirada então do corpo, que esfria.
Há outros mecanismos como a ofegação (com perda de calor pela língua, como é o caso dos canídeos, felideos e outros grupos), além de adaptações específicas como as de animais de desertos que podem incluir sistemas especiais de resfriamento do sangue nos focinhos, mecanismos de armazenamento de água etc.
No calor, a secreção de ACTH e de TSH, pela hipófise, diminui, e a taxa metabólica mantém-se baixa, diminuindo a geração de calor. Há aumento na liberação de ADH, pela neuro-hipófise, o que aumenta a reabsorção de água, pelos rins, e diminui o volume urinário. Com isso, o organismo se torna capaz de reter, no corpo, a preciosa água que poderá ser perdida na transpiração.

domingo, 4 de outubro de 2009

Planeio de Mamíferos



Um animal planador, como um animal pára-quedista, se desloca no ar, em movimento descendente, sem realizar trabalho. A trajetória de um planador é retilínea e forma um ângulo com a horizontal, chamado ângulo de passeio.
As asas planadoras dos mamíferos voadores é constituída por uma pele que se estende das patas dianteiras às traseiras, denominadas patágio. Os esquilos voadores, da família dos Sciuridae, que são roedores, e os marsupiais voadores falangerídeos, da família dos Phalangeridae, são exemplos de animais possuidores de patágio. Existe um outro tipo de asas planadoras, que incluem também os dedos (ao invés de terminarem nos pulsos e tornozelos), e que se estendem até o queixo e a cauda. Os "lêmures voadores" ou Cynocephalus volans (Dermoptera) planam com o auxílio desse tipo asa.

Em geral, devido à forma não radialmente simétrica dos animais, a força aerodinâmica resultante não é paralela ao fluxo de ar que por eles passa. Nesse caso, o pássaro esta planando segundo um ângulo em relação à horizontal. A força aerodinâmica resultante é composta pela força de arrastamento, paralela ao fluxo de ar, e pela força de sustentação, perpendicular ao fluxo de ar.A força de arrastamento tem o mesmo significado que no pára-quedismo. A força de sustentação é produzida pela diferença entre as pressões do ar que agem nas partes inferior e superior do planador. A pressão na parte superior é menor porque a velocidade com que as moléculas do ar passam por ela é maior, resultando em uma força de interação menor entre as moléculas e o animal voador. Como se pode ver, a existência de uma força é essencial para que um animal possa planar. Ela depende, basicamente, das dimensões e formato das asas e do corpo do planador, assim como da relação entre as dimensões da asa e do corpo, do peso do próprio animal, alem da densidade, da viscosidade e da velocidade do ar. Um formato que aumenta a força de sustentação e diminui a força de arrastamento é o de um aerofólio, juntamente com as velocidades de dois elementos de volume do ar situados, respectivamente, nas partes superior e inferior do mesmo. As asas de um pássaro, por exemplo, são aerofólios perfeitos. A força não é necessariamente perpendicular à direção de movimento em todos os pontos, mas é perpendicular ao fluxo de ar que passa em cada ponto. Quase todas as aves possuem alguma capacidade de planar. Entretanto, essa capacidade está fortemente relacionada com a forma e a dimensão de suas asas. Assim, o beija-flor, cujas asas são diminutas, mal consegue planar e pode ser classificado como um animal pára-quedista se parar de bater suas asas, enquanto que o albatroz, dono de asas longas e estreitas, consegue percorrer dezenas de quilômetros planando. O planeio pode ser analisado como uma composição de dois movimentos, um horizontal e outro vertical. A velocidade de planeio pode ser decomposta em velocidade de vôo para frente e na velocidade com que o animal perde altura. A velocidade também é conhecida como velocidade de queda. Se a velocidade de planeio for constante, as componentes também o serão, já que a trajetória não é alterada. Consequentemente, pode-se determinar o alcance horizontal e a variação de altura pelas equações de movimento. Um pássaro sem realizar trabalho mecânico ou um planador sem motor pode atingir alturas consideráveis - por exemplo, 2000 m - utilizando-se dos movimentos ascendentes do ar. Esses movimentos podem ser provocados pelas existência de colinas ou montanhas ou pelo deslocamento ascendente de massas de ar quente - as térmicas. Os condores, por exemplo, conseguem percorrer centenas de quilômetros de distância aproveitando somente os movimentos do ar e planando, consumindo assim uma quantidade muito pequena de sua própria energia.
Se quizer obter mais informação sobre o planeio de diversos animais acesse os sites:

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A audição do cão


A audição dos cães é bem superior à humana. Um cão consegue escutar um som 4 vezes mais longe que uma pessoa. Além disso, ele pode detectar a origem do som em apenas 6 centésimos de segundo, ou seja, 0,06 segundo.
Os cães também detectam sons de frequências menores e maiores do que as que a gente detecta. Assim, o intervalo da frequência do som que eles captam é bem maior que a do homem. Com isso, é possível usar apitos ultrasônicos para comunicar-se com o cão, sem que a pessoa escute. A frequência detectada pelo homem vai de 16 Hertz a 20.000; já a do cão, vai de 10 Hertz a 40.000.
Se seres humanos usam protetores auditivos principalmente para trabalhar em locais barulhentos, animais de estimação ganharam sua versão para poder passear de avião com seus donos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Morcegos e suas Curiosidades



















Importância dos morcegos
Morcegos são muito importantes para o equilíbrio do ecossistema e, por incrível que pareça, para o ser humano também. São mamíferos tão únicos que os cientistas criaram uma ordem só para eles, a Chiroptera, que significa "mãos de asa" (do grego, "kheir" = mão + "pteron" = asa). Quando se observa a asa de um morcego, percebe-se que ela é formada por braço, antebraço e pelos dedos alongados. O quinto dedo, equivalente ao dedão, fica na parte superior, com uma pequena garra - utilizada para escalar rochas em cavernas.Os fósseis mais antigos desses animais datam de 50 milhões de anos e eram muito parecidos com os morcegos modernos. Isso quer dizer que eles habitam a Terra há mais tempo que o ser humano, cujo ancestral mais antigo, o Australopithecuis afarensis, viveu há apenas 3,9 milhões de anos.Todos os morcegos modernos se dividem em dois grandes grupos, chamados Microchiroptera e Megachiroptera. Ao primeiro pertence a maior parte dos morcegos que existem em todo o mundo - são animais de menor tamanho.Já os Pteropus vampyrus pertencem ao segundo grupo. São os maiores morcegos do mundo, com até dois metros de envergadura. Mas não se assuste com o tamanho: ele é frugívoro, isto é, só come frutas.

Cego como um morcego?
Até onde se sabe, existem pelo menos mil (ou 937, conforme a literatura consultada) espécies de morcegos - 137 são brasileiras. De todas, apenas três espécies que vivem na América do Sul se alimentam de sangue. Os quirópteros não são cegos - sua visão é adaptada para ver na escuridão. Muitas espécies frugívoras enxergam até algumas cores. Mas o sentido mais especial desses animais é a audição. Para localizar seu alimento, filhotes ou toca, eles são equipados com um sistema conhecido como ecolocação, ou ecolocalização, fato descoberto somente em 1941.Os morcegos e os cetáceos - baleias e golfinhos - dependem da audição como sentido principal para sua orientação e para a localização de suas presas. Entretanto, para ouvir um morcego, só outro morcego. Porque esses animais estão entre os que emitem os chamados ultra-sons, que ficam acima da capacidade auditiva humana normal.
Foi demonstrado, por uma série de observações e experiências, que a aquisição desta capacidade aperfeiçoou-se somente nas espécies que vivem nas cavernas e se alimentam de insetos, as quais constituem a grande maioria das espécies existentes. Os morcegos microquirópteros (aqueles de menor tamanho) utilizam essa capacidade para caçar insetos à noite. Emite pulsações sonoras de altíssima freqüência. Os sons de alta freqüência, ou ultra-sons, rebatem no que estiver ao redor do animal, incluindo as presas, e numerosos feixes de ecos são recebidos de volta pela orelha do emissor. O cérebro do morcego "traduz" as ondas sonoras refletidas em informações sobre o ambiente em que está. O processo é tão rápido que o animal pode fazer ajustes de vôo em frações de segundo, de forma a evitar obstáculos ou detectar aberturas. Conforme o jeito que o som atinge na presa e retorna, o morcego sabe tamanho de seu jantar - e a distância exata que ele está.

Morcego é da classe dos mamíferos
Agora pasme: mandar um som e ouvir seu rebote é similar ao sistema utilizado pelos submarinos para enxergar nas profundezas escuras dos oceanos. E, claro, golfinhos e baleias também fazem isso. Para quem está pensando o que esses cetáceos têm que ver com nossos amigos morcegos, vale lembrar: são todos parentes da grande classe dos mamíferos.
Os morcegos produzem ultra-sons a partir de suas laringes. Os sons são emitidos através da boca e nariz, que possuem reentrâncias para concentrá-los. É por isso que os microquirópteros têm caras de monstrinhos: todos os morcegos que comem insetos têm essa cara. Suas orelhas são grandes para captar o som refletido. A precisão desse sistema é tanta que um morcego insetívoro (comedor de insetos) pode localizar com exímia precisão um mosquitinho pequeno como a ponta de um fio de cabelo, em movimento.

Durante o seu vôo para capturar insetos, o morcego primeiro emite cerca de dez pulsos sonoros separados por períodos de silêncio de mais ou menos 50 milissegundos. Ao detectar o inseto, o intervalo entre os pulsos diminui. A freqüência de seus guinchos se altera à medida que a sua presa muda de direção durante o vôo. Quando se aproxima de sua presa ele emite um ultra-som semelhante a um zumbido, e, finalmente, a captura.
Já, a maioria dos morcegos frugívoros não usam a ecolocação, mas sim, a visão e o olfato. Ironicamente, são esses morcegos vegetarianos os associados com as histórias de vampiro nos filmes de horror. Todos morcegos que comem apenas frutas têm carinha de raposa ou de cachorrinho - por isso mesmo aqueles Pteropus vampyrus , os de asas imensas, também são chamados "raposas voadoras".Ao contrário do que se pensa, os morcegos não são ratos de asas. O que eles têm em comum com esses roedores são características de mamíferos - que os humanos também compartilham (pêlos no corpo, ouvido médio etc.). Aliás, os morcegos são mais parecidos com os seres humanos do que com os ratos.Como os bebês humanos, os filhotes de morcegos nascem completamente indefesos e dependem da mãe, que os amamenta e protege. A similaridade mais fascinante é que as fêmeas de morcegos possuem apenas um par de mamas no alto do tórax, como acontece com as mulheres. Tal fato impressionou tanto Lineu - o pai da taxonomia moderna, que iniciou a classificação dos animais - que ele chegou a considerar os morcegos como primatas, ou seja, tão próximos dos seres humanos quanto os macacos.
Os morcegos podem se alimentar de frutos (frugívoros), insetos (insetívoros), peixes (piscívoros), sangue (hematófagos), lagartos e ratos (carnívoros), e pequenas rãs (ranívoros). Mas a maior parte das espécies de morcegos alimenta-se mesmo é de frutos e de insetos.E essa dieta faz o morcego ser um aliado importantíssimo para a vida humana e para o ambiente. Segundo a ONG internacional de conservação de morcegos, a "Bat Conservation International", 70% das espécies de quirópteros alimentam-se de insetos. Apenas um morcego desses pode comer cerca de 600 mosquitos em uma hora (em torno de 3 mil por noite). Agora imagine como aumentaria a quantidade de mosquitos no meio ambiente, se houvesse menos morcegos.É por essas e por outras que esses animais contribuem muito para o controle da dengue, já que o mosquito transmissor da doença (o Aedes aegypti) faz parte do seu cardápio. Tem mais: a floresta tropical não existiria sem os morcegos. Eles são os principais polinizadores dos trópicos (mais do que as aves!). Ao se alimentar de frutas e frutos, os quirópteros nutrem as sementes à medida que voam e fazem a digestão.Em seu ambiente silvestre os morcegos são importantes agentes polinizadores e dispersores de frutos utilizados na alimentação humana, como, por exemplo, a banana, o caju, o figo e a manga.


domingo, 13 de setembro de 2009

Proteção dos elefantes contra os efeitos nocivos da radiação ultra violeta


Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina. Normalmente, a pele dos elefantes-asiáticos está coberta por uma maior quantidade de pêlos do que no caso do seu congênere africano, sendo esta característica mais acentuada nos mais novos. As crias asiáticas estão cobertas de uma espessa camada de pêlo de coloração vermelho acastanhado. À medida que ficam mais velhas, este pêlo escurece e fica menos denso, permanecendo na cabeça e na cauda.
Os elefantes têm, geralmente, cor acinzentada, embora os africanos pareçam frequentemente acastanhados ou avermelhados por se rolarem na lama ou em solo dessa cor. Rolar na lama é um comportamento social de grande importância para os elefantes, além de que a lama forma uma espécie de protector solar, protegendo a pele dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta. No entanto, a pele de um elefante é mais sensível do que parece. Sem banhos regulares de lama para se proteger de queimaduras, mordidas de insecto, e perda de humidade, a pele de um elefante sofreria importantes danos. Depois do banho, o elefante, normalmente, utiliza a sua tromba para atirar terra sobre o seu corpo para o secar, formando uma nova camada protectora. Como os elefantes estão limitados a áreas cada vez menores, há progressivamente menos água disponível, pelo que os diversos grupos aproximam-se cada vez mais, o que origina conflitos quanto à utilização destes recursos limitados.
Rolar na lama também ajuda a pele a regular a temperatura. Os elefantes têm muita dificuldade em libertar calor através da pele porque, em relação ao seu tamanho, têm pouca superfície de pele. A razão da massa de um elefante para a área de superfície de pele é muito menor do que num ser humano.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Música e a Produção de Hormônios.




É um fato bem conhecido que o sistema endócrino regula não somente as funções dos órgãos internos, como o coração e os órgãos respiratórios, mas também as glândulas endócrinas. Estas glândulas são controladas pelo tálamo, o qual está intimamente ligado às nossas emoções. Mary Griffiths, uma fisiologista, explica que “o hipotálamo controla as excreções da glândula tiróide, o córtex adrenal e as glândulas sexuais. Assim, ele influencia a velocidade do metabolismo... bem como também a produção de hormônios sexuais.... O hipotálamo tem um efeito marcante na liberação das respostas autônomas provocada pelo medo, raiva, e outras emoções.” Even Ruud aponta para recentes pesquisas, as quais provam que a música poderia influenciar o ciclo menstrual das mulheres. Um estudo também encontrou um aumento do hormônio lutenizante (LH) enquanto se escutava música. Outros estudos indicam que a música libera adrenalina e possivelmente outros hormônios. Também influencia a resistência da eletricidade da pele do corpo, a qual, por sua vez, afeta e governa os humores de uma pessoa.
Embora seja verdade que a resposta à música varia de acordo com cada indivíduo, tornando difícil generalizar seus efeitos, permanece o fato de que a indústria da música e o mundo dos negócios sabem usá-la para criar ou mudar humores e vender mercadoria.




Para saber mais sobre os efeitos da música na Mente e no Corpo acesse: http://www.musicaeadoracao.com.br/palestras/efeitos_musica_texto.htm

domingo, 30 de agosto de 2009






Os golfinhos, mamíferos aquáticos, recorrem à ecolocalização para formação de imagens do ambiente e de suas presas. "Emitem pulsos ultra-sônicos de freqüência variável pela laringe, cujo eco é captado por suas mandíbulas e transmitido por canais até seus ouvidos. Melhoram sua precisão em situações de perseguição, pela variação da freqüência do sonar". O golfinho, em situações de perseguição é capaz de acumular oxigênio transformando energia química intramuscular em energia cinética. O gasto de energia é muito bem controlado por esses mamíferos, eles aproveitam o sentido das ondas para não precisarem se esforçar muito, além disso nadam em bandos e aproveitam o deslocamento de embarcações.

Para saber mais: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num1/v08n01a07.pdf